O Santo Cura d’Ars, certa manhã, recebeu uma carta de insultos que o tratava como criminoso e hipócrita. O Santo sorriu. Não perdeu o seu bom humor.
À tarde do mesmo dia, recebeu outra carta inteiramente diversa. Era toda de elogios. Chamava-lhe santo. O Cura d’Ars sorriu, como ao receber a primeira carta.
Depois mostrou ambas as cartas a algumas pessoas, para mostrar como é desprezível o juízo dos homens e comentou: a primeira não me fez pior do que sou, a segunda não me fez melhor.
O juízo de Deus faz de nós é que nos deve impressionar, porque ele conhece os refolhos da nossa alma. Os homens ainda mais bem intencionados não podem adivinhar o que somos no nosso íntimo.
Dá-se, porém, que o interesse entre muito nos juízos humanos. Se alguém espera de nós algum favor, é fácil que nos dirija louvaminhas e lisonjas. Se alguém nos olha com maus olhos, podemos esperar juízos depreciativos, talvez até caluniosos.
Não nos vangloriemos com os louvores, nem nos acabrunhem os vitupérios. A boa consciência nos baste e a paz não desertará do nosso espírito.
Dom Lustosa – Obra: Respingando, p.40
Mantenha a Paz da alma
Reviewed by Equipe Redação
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abril 12, 2010
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